terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Gozar sem limites



Pouca gente tem dado atenção ao fenômeno, mas a criminalidade violenta na classe média vem crescendo a cada ano, em todas as regiões do Brasil.
Os filhinhos dos “medianos” são criados na ilusão de que vieram ao mundo para comprar, comer, beber, cheirar, curtir e gozar sem limites.
Alguém já deu a isso o nome de “prazer autoritário”, porque está se tornando quase obrigatório. Quem não participa é discriminado, por caretice explícita.
E aí, se a mesada falta, os garotos e as garotas partem para cima da primeira vítima disponível, que pode ser o pai, a mãe, o avô ou a avó.
O crack tem muito a ver com tudo isso, mas é uma doce ilusão da classe média imaginar que as pedras e os traficantes são os únicos culpados.
Entre as famílias e as pedras, há muita cumplicidade a ser investigada.


Tião Martins

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