quarta-feira, 2 de março de 2011

É UMA QUESTÃO DE AMOR...


"Mãe entrega filho de 13 anos à polícia no DF. Ele e mais três colegas teriam roubado uma mercearia de Planaltina. A mãe disse ter visto o grupo fazendo a partilha dos produtos roubados."


Fonte : G1 - http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/03/mae-entrega-filho-de-13-anos-policia-no-df.html

Não irei condenar, nem criticar, creio que foi um ato impensado, desesperado de uma mãe que perdeu o domínio, o comando do seu filho, da situação. Mas, não posso me calar diante de uma situação que considero grave e que é muito comum. E quem trabalha na área da Infância e Juventude sabe muito bem disso. Ou seja, as famílias delegam a educação dos seus filhos ao Conselho Tutelar, à Justiça, à polícia, à escola e assim por diante!
No caso em tela, penso que a polícia pouca coisa poderia fazer pelo filho desta senhora.
O adolescente deve ser responsabilizado pelo ato que cometeu, deve entender a gravidade do ato infracional, disso não tenho nenhuma dúvida e nem me oponho.
Mas, posso afirmar que isso é mais uma questão de amor, de diálogo do que questão somente de policia! O que a policia poderá fazer?Poderá fazer o que diriamente vemos na mídia, maltratar, humilhar, usar de violência e, penso que esta punição não é nem um pouco pedagógica e pouco poderá ajudar na recuperação deste adolescente.
Esta mãe delegou ao Estado algo que é função dela. Ela como mãe deveria impor os limites ao filho, mostrar as consequências que o crime pode trazer à vida dele. Não podemos permitir que pais pensem que a educação dos seus filhos é de competência do Estado. Filho é uma questão de amor e não questão de polícia!
Precisamos corrigir os males e não somente PUNIR! Devemos acabar com essa cultura de violência.Vale lembrar que a violência sempre esteve presente na sociedade, e acreditamos que jamais deixará de existir. Mas certamente ela é potencializada quando um sistema de violência legítima chega ao fundo do poço e não apresenta mais argumentos racionais que possam ser utilizados a seu favor.
A reparação dos danos e traumas sofridos, o restabelecimento da ordem e das relações rompidas pelo crime são resultados da aplicação os procedimentos restaurativos e devem ser alcançados através da participação de todos.

E espero que está mãe não desista do seu filho!Que ela olhe para ele com amor e se conscientize que ela pode e deve ajudá-lo e salvá-lo deste mundo do crime.
Que esta mãe coloque seu filho debaixo de suas asas, o proteja, como uma mãe deve fazer. Jamais uma mãe deve desistir do seu filho, JAMAIS! O responsabilize, sim, pelos danos que causou, mas não delegue a educação do seu filho à polícia!

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