terça-feira, 27 de setembro de 2011



"Ainda se o destino lhe tivesse concedido o arrependimento - um arrependimento lancinante que despedaçasse o coração, que tivesse o sono, e cujos tormentos são tais que um homem se enforca ou se afoga para lhe escapar!-; oh, ele tê-lo-ia acolhido com alegria!Sofrer e chorar - ainda é viver. Mas ele não se arrependia do seu crime.
Pelo menos poderia enfurecer-se, como outrora, pelas ações estúpidas e odiosas que o haviam levado à prisão. Mas agora, na prisão, podia refletir com toda liberdade sobre o seu procedimento passado, e já o não achava nem tão odioso nem tão estúpido como naquele tempo fatal."


[Dotoiévski]



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