domingo, 13 de março de 2011

Condenado




Um condenado a contemplar a luz
Acredita não mais vê o sol brilhar
Seu olhar de encantamento treme
De saber que a luz para o amanhã na há.
Um condenado pela lei suprema
Julgado foi para se entregar
Ao sumo ego dos seus vis desejos
E em breve tempo ter que se ajustar
À natureza de um homem fraco
Que não suporta a luz contemplar
Por toda vida se escondeu da vida
Agora finda o seu procurar.
O que maltrata a alma do vivente
É ser semente de um não plantar
Quem rega a planta é dono do tempo
E o movimenta quando quer parar.
Mesmo com virtude o homem não pode
Alterar a marcha do seu caminhar
O destino é certo pra quem vive a terra
A luz se encerra com o não respirar.


Evan do Carmo

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